quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Memória descritiva


Utilizámos como referência o fotógrafo Tom Hunter e, para o nosso trabalho inspirámo-nos na fase em que ele reproduz, fotograficamente, quadros, ou seja, recria o ambiente que está patente na obra mas actualiza-o. A esse nível, o que verificámos foi que este utiliza objectos semelhantes, dispostos da mesma forma, mas que altera, não a sua função, mas aquilo que representam ou o que se encontram a fazer naquele momento. “Woman Reading Possession Order”, reprodução de “Vermeer’s A Girl Reading At An Open Window”, foi o trabalho do autor que mais nos despertou atenção, onde, já pelo título, se denota a alteração da realidade e dos acontecimentos.


O nosso conceito, primeiramente, baseou-se no de Tom Hunter, mas desenvolvemo-lo. Dado que a nossa intenção era contrastar os interesses e costumes da actualidade com os das diferentes épocas, visando modernizá-las, nós não só, conceptualmente, adoptámos a estratégia do fotógrafo, como criámos um conceito personalizado: satirizar e criticar a nossa sociedade. Escolhemos quadros de diversos movimentos artísticos, que na sua maioria se centravam numa determinada personagem ou objecto; resumidamente, criticámos: a sociedade em geral, a forma como o individuo se deixa influenciar e se rege por princípios que não acredita, a falta de ligação/interacção entre as pessoas, a alteração dos interesses e actividades, bem como o consumismo.


Em relação à construção de imagem, como já abordámos, dispusemos o conteúdo físico dos quadros de forma semelhante, alterando alguns aspectos, consoante aquilo que queríamos que representassem; regra geral, o enquadramento foi idêntico de forma a que fosse visível que se tratava de uma recriação.


Quanto à captação da imagem, dado que optámos por jogar com contrastes de luz e evidenciar as cores frias, utilizámos dois flashes externos e o balanço de brancos foi “Tungsten Light”. A abertura da lente e a velocidade de disparo, variaram consoante a fotografia e aquilo que pretendíamos destacar. Jogámos com profundidade de campo e tentámos manter uma perspectiva o mais aproximada possível à das obras.

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